Exposição 'Liberdade. A força que muda tudo' | Inauguração a 11 abril

Mostra comemorativa dos 50 anos de Abril conta com contributos do IPS

O Politécnico de Setúbal é uma das entidades que contribuíram para a exposição comemorativa "Liberdade. A força que muda tudo", a inaugurar na cidade do Barreiro, na próxima quinta-feira, dia 11, pelas 18h00, com produção da Câmara Municipal e curadoria do historiador José Pacheco Pereira/Arquivo Ephemera.

A mostra, patente na StartUp Barreiro (Parque Empresarial da Baía do Tejo), assinala o cinquentenário da Revolução de Abril, sendo uma iniciativa nascida no âmbito do projeto "Cidade dos Arquivos", do qual o IPS faz parte.

Distribuída entre 10 temas, sempre com o Barreiro como pano de fundo, a exposição celebra meio século de democracia, centrando-se na "sua primeira e mais poderosa consequência, a liberdade, que permitiu mais tarde a democracia plena", como refere no texto de enquadramento José Pacheco Pereira, fundador do Ephemera, o maior arquivo privado português e um dos maiores da Europa.

  

A liberdade é, deste modo, abordada como "força transformadora para todos", sobretudo para grupos historicamente mais fragilizados, como mulheres e crianças, e com impacto nas várias dimensões da vida pública, como o trabalho, a cultura, a luta e o protesto, o movimento associativo, o sistema de partidos, a vivência das cidades e, finalmente, a educação.

Sobre esta última área, o IPS desenvolveu o tema "Liberdade na Educação", contando com a colaboração dos docentes Ana Maria Pessoa, Ana Alcântara e Fernando Almeida (aposentado), da Escola Superior de Educação (ESE/IPS), através da recolha de material gráfico e de documentos da época, entre cartazes, fotografias, folhetos, comunicados escolares e de reuniões de estudantes. 

Sobre o Barreiro, território que serve de cenário à narrativa, José Pacheco Pereira escreve que "não é uma cidade como outra qualquer". Isto porque, sendo um território de forte concentração industrial, onde residia uma classe "perigosa" para a ditadura - os operários - viveu com especial intensidade o 25 de Abril de 1974, como "um dia de alívio, um dia de alegria, um dia de festa". E já no presente, distingue-se como "cidade que preza a memória, porque precisa de se lembrar nestes 50 anos do 25 de Abril", mas não numa perspetiva nostálgica. "O que lembramos está vivo, e precisamos que esteja não só vivo, como demasiado vivo. Essa memória da Revolução de Abril é hoje mais do que nunca vital para a liberdade e a democracia", sublinha.

Além do IPS, a exposição "Liberdade. A força que muda tudo" conta com os contributos de entidades como o Espaço Memória/Arquivo Municipal do Barreiro, Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, Museu Industrial do Arco Ribeirinho Sul, CHAPAS - Clube História e Acervo Português da Atividade Seguradora, Coletivo SPA, ADAO - Associação para o Desenvolvimento das Artes e Ofícios, família de Augusto Cabrita, arquivos do PCP, PS e PSD, e de muitos particulares.

 

DCRE/IPS